Sabe-se, de antemão, que o corpo já é objeto de estudo de diversas áreas do conhecimento, entretanto, percebe-se que as possibilidades de estudos sobre ele não estão esgotadas. O presente trabalho, de cunho teórico, pretende chamar a atenção para os usos do corpo na instituição escolar, bem como lugar nas práticas pedagógicas que sobre ele incidem. Lembrando que no contexto dos séculos XVII e XVIII, a compreensão de corpo foi forjada a partir dos discursos presentes nos ditos “padrões” de comportamento, baseados conceito de civilização. Mais tarde, tais discursos e compressões acerca do corpo estiveram pautados nos princípios do mecanicismo. Se atualmente a compreensão ainda vigente percebe o corpo sob a ética da produtividade, sabemos ser esta uma herança dos séculos XIX e XX. Na escola, unindo as concepções de corpo mecânico, corpo civilizado, e corpo disciplinado, pode-se dizer que a compreensão do “corpo infantil” influencia as práticas pedagógicas, marcando significativamente a vida da criança. A partir dessa questão, objetiva-se discutir sobre as práticas pedagógicas que atuam diretamente sobre o corpo infantil.
