GESTÃO DEMOCRÁTICA EM ESCOLA PÚBLICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Izabela Freitas Louzada, Cecília de Campos França

Este artigo teve como objetivo trazer à baila reflexões acerca das contradições flagrantes entre o que se diz sobre o Brasil e o que, de fato, ele tem mostrado na sua dinâmica social. A gestão democrática na escola pública tem estado em foco nas discussões sobre educação, porém o que se vê, na maioria das vezes é que as escolas públicas se veem amarradas a uma burocracia, leis e regulamentos que as imobiliza e inviabiliza a tão proclamada autonomia. Essa está presente nos discursos e retóricas, mas pouco se objetiva na sociedade brasileira conforme nos faz refletir Chauí (2000). Outros autores tais como: Barroso (1998), Veiga (1997), Torres (2000), Lück (2000), Gadotti (2004), dentre outros, nos subsidiaram nas reflexões acerca da chamada gestão democrática e a desejada autonomia da instituição escolar. A conclusão provisória que chegamos é de que se almeja em algumas instâncias a autonomia das escolas públicas, mas ao mesmo tempo, as condições postas não favorecem que essa se objetive e corre-se o risco dessa autonomia, sob o trato ideológico ocultador, ser transformada em abandono por parte do poder público, visando o enfraquecimento da esfera pública em prol da iniciativa privada, bem ao intento da política capitalista.

Palavras Chaves: Gestão Democrática, Escola Pública, Autonomia